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Naquela época os nomes das crianças eram escolhidos pela parteira, no decorrer de uma cerimônia muito festiva. Para tanto a família de Juan Diego mandou fazer um escudo: um arco e quatro flechas que correspondem aos 4 pontos cardinais.

Antes do amanhecer na presença de todos seus amigos e familiares a parteira
apresenta a jarra com água dizendo: “Oh águia, oh tigre, oh valente homem! Chegastes a esse mundo através de sua mãe e pai, enviado pelo Grande Senhor e pela grande senhora (referindo-se a crença da Dualidade, onde o Criador possuía seu complemento feminino, não divino, não podendo ser considerado deusa) que está sobre os novos céus, fez-nos merecer seu filho oh “Quetzalcoatl”! (que significa serpente emplumada, divindade do bem e da cultura que está em todo lugar)”

Depois molhava seus dedos e depositava algumas gotas nos lábios da criança e em seu peito dizendo: “Prove a água celestial, pura, que lava e limpa teu coração, que tira toda sujeira, recebe-a, que ela purifique e limpe seu coração.”

Chegando ao fim desse ritual escolhia seu nome. Como não usavam sobrenomes, seria chamado como seu pai ou algum avô, ficando “Cuauhtlatoa” que vem de “Cuauhtli” – águia, “tlatoa” – falar, “huac” – como: “aquele que fala como águia”.

Ao receber o batismo pela Igreja Católica, com 48 anos de idade, em 1524 passa a chamar-se Juan Diego.