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Os antepassados de Juan Diego faziam parte do povo “Chichimeca”. Era uma tribo nômade que se destacou na história como um grande povo por sua audácia. Buscavam instrução cultural e muitos encontravam alto grau de civilidade e sabedoria.

Na antiguidade viviam em grupos isolados no norte do país, de onde surgiram.
Os “chichimecas” foram responsáveis pela conquista, sem muitos esforços, dos
grupos toltecas, habitantes do centro do país. Esse grupo era bastante conhecido pelo grande poder que exerciam, pelas habilidades em lapidar pedras preciosas, pela fabricação de roupas, adereços com penas de aves tropicais, pela arquitetura de luxo refinado e também simples. Dessa conquista herdaram o aprendizado desses ofícios e o idioma náhuatl.
Aperfeiçoaram a medicina herbácea, a pintura, a carpintaria, alvenaria, a tecelagem, o trabalho com louças e a exploração de minas de ouro, prata, cobre e estanho. No século XII abandonaram as regiões conquistadas onde viveram seus antepassados e se instalaram no vale “Anáhuac”, muito próximo da atual cidade do México.

Mas de tudo que aprenderam, o maior tesouro foi a religião de um só Deus, Senhor e Criador, ao qual davam muitos nomes. Conheceram os principais atributos do Deus verdadeiro por meio da luz da inteligência. Junto com essa sabedoria veio algo da filosofia oriental de opostos complementares, como a noite complementa o dia, a juventude a velhice, o homem a mulher. Diferentemente das correntes européias que consideram tais elementos pólos contrários. Nos costumes eram conhecidos pela bondade e vivencia das virtudes. Tinham como norma os ensinamentos de “Quetzalcoatl” – serpente emplumada.

Seus domínios foram se estendendo pouco a pouco, até que fundaram uma cidade que se tornou em seguida sua capital: “Tetzcoco”, ao redor de um grande lago.

Em 1325 uma nova e pobre população começou assentar-se nas pequenas ilhas do centro do lago, uma vez que não encontravam lugar nas margens. Eram os “mexicas”, de diferentes etnias e que chegavam com a firme determinação de permanecerem.
Os “mexicas” haviam criado uma divindade e eram conscientes disso, para representar o Ser que ninguém pode ver, de forte relação com a dos “chichimecas” e “toltecas”. Tal divindade deixava-se ver através da plenitude do sol, o chamavam de “Huitzilopochtli”.

Apesar de haverem chegado à região em estado de extrema pobreza, sem lugar certo para se fixarem, decidiram permanecer por causa da lenda que acompanhou toda a história de seu povo: a terra prometida, onde encontrariam uma águia devorando uma serpente e se estabeleceriam formando uma grande e próspera civilização.

Alguns Códices nos descrevem que havia no centro do lago uma águia devorando uma serpente sobre um cacto. Nessas pequenas ilhas arenosas onde viram o animal alado, fixaram residência e passados os séculos já haviam conseguido o que parecia impossível: construir uma cidade imponente sobre o lago, verdadeiro porto de riquezas e poder. Seus habitantes ficaram conhecidos como “aztecas”, que aos poucos iam ampliando seus domínios através de guerras e construindo os templos em forma de pirâmides que hoje conhecemos.